domingo, 7 de maio de 2017

CORO, CORDAS E PERCUSSÃO MARCAM ENTERRO DE ALMIR GUINETO

Ao som de samba e na batida do surdo, o corpo do cantor e compositor Almir Guineto foi enterrado, na tarde deste domingo (7), no cemitério de Inhaúma, Zona Norte do Rio. Os sucessos de Almir começaram a ser entoados já na entrada do cemitério, e fizeram a trilha para o cortejo. Amigos do Salgueiro, escola do coração de Almir, levaram instrumentos para acompanhar a cantoria.

Diretor do Cacique de Ramos, no qual Almir despontou, na década de 70, Toninho Cabral lembrou que o sambista foi um inovador ao inserir o banjo nas rodas de samba. "Nós tinhamos uma roda de samba às quartas-feiras , ele introduziu um banjo com cordas de country, fez sucesso e acordou o samba do Cacique. O banjo dele tocava mais alto, não usava amplificação, aquilo marcou muito a gente", disse Cabral. 

Também compositor, Fred Camacho disse considerar Almir o maior sambista do mundo. "Foi completo, não tinha limites pra ele, tocava tudo. Tive o previlégio de conviver com ele, de ter esses ensinamentos todos de samba, malandragem, divisões rítmicas, melodias e harmonias. Vou carregar isso comigo", destacou.

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