quinta-feira, 23 de março de 2017

HÁ 5 ANOS, BRASIL PERDIA CHICO ANYSIO




Chico Anysio

Chico Anysio nasceu em 1931 na cidade de Maranguape, Ceará, foram 65 anos de estrada e 209 personagens na bagagem.

Iniciou a carreira na rádio, escreveu peças teatrais, livros e poesias. Estreou na televisão em 1957, gravou LPs, dirigiu programas humorísticos, formou e lançou muitos talentos.

O INSTITUTO

Chico Anysio contraiu Enfisema Pulmonar ao longo de 40 anos como fumante. Diagnosticado há 27 anos, após um infarto cardíaco também causado pela ação do cigarro, parou imediatamente de fumar, mas o Enfisema já estava instalado. Durante muitos anos, Chico sentiu e sofreu com a ação progressiva e devastadora da doença, consciente de que não havia cura.
Na última década, quando começaram a divulgar as primeiras pesquisas com células-tronco, ele passou a acreditar que seria curado através desta terapia. Mesmo sem ter conhecimento de nenhum estudo científico sobre o emprego da terapia celular para enfisema e outras doenças degenerativas do pulmão, Chico nunca perdeu a esperança e revelou numa entrevista a um programa de televisão, seu entusiasmo com a nova terapia e que se colocava à disposição como voluntário, caso, eventualmente, houvesse algum novo estudo com emprego de células-tronco para tratamento de enfisema. Coincidentemente, nesse período foram divulgados os resultados preliminares dos estudos do Prof. Dr. João Tadeu Ribeiro Paes, com emprego de células-tronco para tratamento de enfisema pulmonar em modelos animais. A partir desses resultados o grupo de pesquisa liderado pelo pesquisador enviou à CONEP (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa, em Brasília – DF) um projeto para emprego da terapia celular em pacientes com enfisema em grau avançado. Ao saber desse projeto, Chico ligou para o Dr. João Tadeu que estava, naquela tarde, em São José do Rio Preto (SP), trabalhando justamente na adequação do protocolo, que seria alguns meses depois aplicado em um médico de São Paulo, portador de enfisema grave, que se tornou, assim, o primeiro paciente do mundo a receber células-tronco da medula óssea para tratamento de doença pulmonar em grau avançado. A reação inicial do pesquisador foi, ao atender o telefonema do Chico, que se tratava de um trote. Mas logo tudo se esclareceu e a relação entre ambos tornou-se, a partir daquele momento, muito amistosa e de um grande respeito mútuo. Naquele período, o médico buscava apoio para a continuidade das pesquisas e aplicação da terapia em pacientes humanos. Chico se esforçou e conseguiu uma pequena colaboração à pesquisa , proveniente do Laboratório UltraFarma.
Posteriormente, em Janeiro de 2011, quando Chico encontrava-se internado no CTI, em coma induzido, por sérios problemas respiratórios causados pelo enfisema, o médico entrou em contato com Malga Di Paula, para comunicar que a primeira etapa do estudo em humanos já estava concluída. Os resultados haviam sido aceitos para publicação em uma revista científica internacional e que havia prova científica de que o tratamento era bastante seguro. Malga convidou então, o Dr. João Tadeu para uma reunião no Rio de Janeiro e foi neste encontro que surgiu a idéia da criação do Instituto, que objetiva o levantamento de recursos para a realização da segunda fase da pesquisa. Logo que o Chico despertou do coma, Malga lhe contou sobre a idéia da Fundação e ele, com um belo sorriso, concordou imediatamente.

O MOTIVO

Tabagismo é a maior causa evitável de doença e morte no planeta. Mata mais que acidentes de trânsito, AIDS, homicídios, suicídios e incêndios juntos. É o único produto legal que mata metade de seus consumidores se for usado exatamente como indica seu fabricante. Está ligado aos cânceres de pulmão, laringe, faringe, traquéia, esôfago, bexiga e mama. Leva a envelhecimento precoce, enfisema, bronquite crônica, trombose, infarto do miocárdio, gangrena e osteoporose.

OS COLABORADORES

O Instituto conta inicialmente com a colaboração de dois renomados profissionais:
* Dr. João Tadeu Ribeiro-Paes, médico e Doutor em Genética – pela Faculdade de Medicina – USP (Ribeirão Preto / SP) e coordenador do Laboratório de Genética e Terapia Celular – GenTe Cel – UNESP – Campus de Assis (SP).
* Dra. Analice Gigliotti, medica psiquiatra, pós-graduada pela UFRJ, mestre em medicina pela UNIFESP, vice-presidente da Associação Psiquiátrica do Rio de Janeiro, coordenadora do Programa de Educação Continuada da Associação Brasileira de Psiquiatria e chefe do Setor de Dependência Química da Santa Casa do Rio de Janeiro.

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