sexta-feira, 19 de agosto de 2016

MUNDO ERUDITO PERDE O CRAVISTA NICOLAU DE FIGUEREDO

 Paulistano, o cravista, organista e regente, radicou-se na Europa em 1980. De volta a São Paulo, começou a dar aulas na EMMSP onde foi o responsável por criar e coordenar a Oficina de Música Antiga.

Recentemente foi convidado da Orquestra Sinfônica Municipal – OSM onde apresentou Concert champêtre para Cravo e Orquestra, FP 49, de Francis Poulenc, obra que executaria novamente no Festival de Inverno de Campos do Jordão no dia 24/7. Com o Quarteto da Cidade se apresentou diversas vezes, este ano subiu ao palco da Sala do Conservatório para executar com o grupo  as Variações Goldberg de Johann Sebastian Bach.
Nicolau participou também da inauguração da Praça das Artes, em 2012, regendo a ópera Orfeo ed Euridice (Viena, 1762), de Christoph W. Gluck (1714-1787), com a Orquestra Sinfônica Municipal e o Coral Paulistano.

Altamente reconhecido, o músico recebeu os primeiros prêmios de Virtuosidade de Cravo do Conservatório Superior de Genebra em 1984, no Concurso Internacional de Cravo da Cidade de Nantes e no Concurso Internacional de Cravo de Roma em 1985. Foi diretor musical da classe de ópera da Schola Cantorum Basiliensis (Suíça) e professor no Conservatório Nacional Superior de Paris.
Seus mestres foram Sonia Muniz, Gertrud Mersiowsky, Maria Helena Silveira, Roberto de Regina, Helena Jank, Christiane Jaccotet, Michel Corboz, Kenneth Gilbert, Gustav Leonhardt e Scott Ross. Colaborou com René Jacobs, com quem gravou para o selo Harmonia Mundi.

Gravou pelo selo belga Passacaille Sonatas de Haydn, J. C. Bach e Carlos Seixas e o CD Soler; e pelo selo OBS Prometeo obras de D. Scarlatti regendo a Orquestra Barroca de Sevilha e o contra-tenor Carlos Mena. Em 2006, recebeu o prêmio Choc da revista Le Monde de la Musique, pela gravação de Sonatas de D. Scarlatti.

Faleceu em 6 de julho de 2016.
nicolau

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