sábado, 12 de março de 2016

NO CENTENÁRIO, OBRA DE MANOEL DE BARROS É REEDITADA

O poeta Manoel de Barros - Divulgação
 Manoel de Barros gostava de dizer que escrevia em “idioleto manoelês archaico”. No ano em que o poeta mato-grossense completaria seu centenário, esse idioma particular reaparece nas novas edições de sua obra completa, que começam a chegar às livrarias pela Alfaguara.

Morto em 2014, o autor que cantou as coisas da natureza fixou o Pantanal no mapa da poesia brasileira.

Mais que isso, construiu uma poética em torno das miudezas do mundo, de tudo aquilo que é descartado e marginalizado pela sociedade. Costumava se definir como “um fazedor de inutensílios”.

Os dois volumes que abrem a reedição flagram momentos distintos da construção do “manoelês” ao longo de sete décadas de carreira. “Poemas concebidos sem pecado / Face imóvel” reúne seus dois primeiros títulos, lançados em 1937 e 1942, respectivamente. “Arranjos para assobio”, de 1982, marca a consolidação do estilo que o consagraria a partir daquela década. Todos os livros incluem itens do baú de Manoel, muitos deles inéditos, como fotografias antigas, correspondências e manuscritos de poemas, selecionados pela filha do escritor, Martha Barros.

Nenhum comentário:

Postar um comentário