quarta-feira, 24 de junho de 2015

LETRAS SANTIAGUENSES: PREMIADO E DEMOCRÁTICO

Parabéns ao poeta e editor Auri Antônio Sudati.

Seu valoroso Jornal Letras Santiaguenses recebeu o certificado do IWA (INTERNATIONAL WRITERS AND ARTISTS ASSOCIATION/ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL DE ESCRITORES E ARTISTAS) como melhor jornal literário do Brasil em 2015.

Letras Santiaguenses é um importante veículo da literatura nacional que divulga textos de escritores brasileiros, latino-americanos e internacionais, sejam iniciantes ou veteranos. Isso é democracia que valoriza a cultura literária.

Na edição 117, a capa traz um perfil do poeta português Antero de Quental:

Antero de Quental (1842-1891) foi poeta e filósofo português. Foi um verdadeiro líder intelectual do Realismo em Portugal. Dedicou-se à reflexão dos grandes problemas filosóficos e sociais de seu tempo. Contribuiu para a implantação das ideias renovadoras da geração de 1870.

Antero de Quental (1842-1891) nasceu na localidade de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, nos Açores, Portugal. Filho do combatente Fernando de Quental e Ana Guilhermina da Maia. Iniciou seus estudos em Ponta Delgada. Com 16 anos vai estudar Direito em Coimbra. Em 1861 publica "Sonetos de Antero".

Em 1865, um grupo de estudantes da Universidade de Coimbra, critica as velhas ideias do Romantismo, o que fez surgir uma polêmica entre a velha e a nova geração de poetas. Essa manifestação originou-se de um texto do poeta romântico Antônio Feliciano de Castilho, no qual ele criticava as novas ideias literárias de Antero de Quental e Teófilo Braga. Antero responde de maneira violenta, escrevendo uma carta aberta que foi divulgada com o título de "Bom senso e bom gosto", nela Antero acusa Castilho de obscurantismo e defende a liberdade de pensamento dos novos escritores. Essa polêmica ficou conhecida como a "Questão Coimbrã. Neste mesmo ano publica "Odes Modernas".

Em 1866, foi morar em Lisboa, onde trabalha numa tipografia. Em 1867 vai morar em Paris, regressando para Lisboa em 1868. Em 1869, funda o jornal A República. Em 1871, junto com Eça de Queirós, Oliveira Martins e Ramalho Ortigão, planeja uma série de "Conferências Democráticas", que eram realizadas no Cassino Lisbonense. Em 1872, publica "Primaveras Românticas".

Antero de Quental expressa em seus sonetos a sua inquietação religiosa e metafísica constituindo a parte mais importante de sua obra: "Sonetos de Antero" (1861), "Primaveras Românticas"(1872), "Sonetos Completos" (1886) e "Raios de Extinta Luz" (1892). É considerado, ao lado de Bocage e Camões, os grandes sonetistas da literatura portuguesa.

Antero Tarquínio de Quental sofrendo de depressão, se suicida no dia 11 de setembro de 1891, em Ponta Delgada, sua terra natal.



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