quarta-feira, 25 de junho de 2014

JORGE ANTUNES: MÚSICA E CIDADANIA

 

Já foram iniciados os ensaios de A Cartomante, nova ópera de Jorge Antunes, será estreada em Brasília no dia 30 de julho, na programação do IV Festival de Ópera de Brasília. Após a estreia do dia 30, seguir-se-ão mais três récitas nos dias 1º, 2 e 3 de agosto.


Nas quatro récitas a OSTNCS (Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro) será dirigida pelo Maestro Jorge Lisbôa Antunes, filho do compósito
A ópera tem três atos, sendo que cada ato é dividido em duas cenas. Na adaptação que o Maestro Antunes fez do conto machadiano, os personagens mantêm os mesmos perfis, mas o triângulo amoroso e o final trágico do conto original ganham contornos com características da conjuntura atual: os amigos de infância Camilo e Vilela, da história original, na ópera são, respectivamente, um líder sindical pelego e um dono de fábrica explorador.


Com o fechamento, para obras, do Teatro Nacional de Brasília, o IV Festival de Ópera de Brasília será realizado no Teatro Pedro Calmon, no Setor Militar Urbano, que terá seu palco reestruturado e adaptado para ópera.


O PSOL, partido do maestro Antunes, lhe reservou tarefa importante: ser candidato a Deputado Distrital. Assim, Jorge Antunes, no momento, se desdobra com a organização de sua campanha, e com a composição de uma nova obra sinfônica que lhe foi encomendada pela Funarte, para ser estreada na Bienal de Música Contemporânea Brasileira de 2015.


Será uma obra para grande orquestra sinfônica, que tem o título provisório de Apoteose de Rousseau. Nesse poema sinfônico, Antunes explora o contraste e a luta entre a Harmonia e a Melodia. A composição é inspirada no debate protagonizado por Rameau e Rousseau, em que o primeiro exaltava a harmonia e o segundo preconizava o uso da melodia.

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