segunda-feira, 17 de outubro de 2011

LEON CAKOFF



O crítico Leon Cakoff, fundador da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, morreu sexta-feira, dia 14/10, às 13h, no hospital São José, em São Paulo. Ele tinha 63 anos e, desde dezembro do ano passado, lutava contra um câncer --um melanoma que originou metástase, chegando ao cérebro.

Nascido Leon Chadarevian em Alepo, na Síria, Cakoff chegou ao Brasil aos oito anos. Adotou o sobrenome Cakoff como pseudônimo, após ter um artigo de jornal censurado pelo próprio veículo, durante a ditadura.

Começou a carreira de crítico de cinema aos 19 anos, escrevendo para o "Diário da Noite" e o "Diário de São Paulo", dos Diários Associados.

Em 1971, com US$ 300 e uma passagem permutada, viajou ao Festival de Cannes e começou a pensar numa maneira de levar filmes de fora do circuito para o Brasil. Em 1974, foi para o departamento de cinema do Masp, onde três anos depois criaria a 1ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que chega agora a sua 35ª edição.

Cakoff integrou a equipe de articulistas da Folha entre 1996 e 2000, ano em que se tornou colaborador do jornal "Valor Econômico". Desde agosto era colunista da Folha.com.

Ele deixa a mulher, Renata de Almeida, com quem teve Tiago e Jonas; e também Laura e Pedro, filhos de seu primeiro casamento, com Vera Lucia Caldas.

FILMES

Em 1999, Cakoff dirigiu, em parceria com Renata, o filme "Volte Sempre, Abbas", sobre a vinda do cineasta iraniano Abbas Kiarostami a São Paulo para integrar o júri da 22ª Mostra. Também com Renata, organizou "Bem-vindo a São Paulo" (2004), filme composto por 17 episódios sobre a cidade de São Paulo filmados por vários cineastas, como o israelense Amos Gitai, o alemão Wolfgang Petersen, o japonês Yoshida e o próprio casal organizador da Mostra.

O último projeto de Leon Cakoff foi o longa "Mundo Invisível", com episódios de cineastas como Wim Wenders e Atom Egoyan, que filmou a volta de Cakoff à terra de seus pais, na Armênia.

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