quinta-feira, 3 de dezembro de 2009




ENTREVISTA BHALL MARCOS ( II )


5 ) Seu trabalho como artista plástico vem se projetando cada vez mais e com muita competência. Como foi entrar no universo das artes ? E que estética você adotou no inicio ?


É. Felizmente tenho acertado na produção e vejo que minha obra está agradando a quem a vê. Isso é ótimo para o ego!
Também estou feliz porque uma proprietária de galeria de arte na Suíça viu o meu trabalho e está querendo representar-me por lá. Se tudo ocorrer bem logo terei minhas telas ao lado das pinturas do artista pernambucano Romero Brito, pois o mesmo também é representado por essa galeria.
Quanto à minha entrada para o universo das artes, foi tão inusitado e por tantas portas, que eu digo com sinceridade:
“Não sei explicar de fato como foi entrar nesse universo! Mas afirmo com convicção, é encantador estar inserido nele!”
Esteticamente, eu adotei uma frase do artista plástico carioca Luiz Zerbini:
“Não ter estilo é o meu estilo.”
No atelier eu produzo pinturas, esculturas, xilogravuras, monotipias, desenhos e colagens. Mas nunca aprendi a admirar a instalação.
Nesse quesito, faço minhas as palavras do grande pintor Iberê Camargo:
“Instalação para mim, só hidráulica e elétrica.”




6 ) Fale-nos um pouco de suas exposições coletivas e individuais. A tecnologia está presente em seu trabalho?


Nesses 19 anos de pintura já expus individualmente 9 vezes.
Agora estou acertando uma próxima individual em 2010, para comemorar os meus 20 anos de pintura, que provavelmente acontecerá no Museu de Arte de Londrina.
Também participei de 32 exposições coletivas, sendo a mais marcante uma mostra que ocorreu em Londres, paralela à London Bienale em 2006. Além de algumas feiras e leilões de arte.
Tenho o hábito de doar telas minhas para ajudar entidades filantrópicas, sempre acreditei que a função da arte não seja apenas a de enfeitar paredes!
Não costumo usar tecnologia no meu trabalho.


7 ) Você acompanha a arte contemporânea ? E como a avalia em relação a seu trabalho e também em relação ao público ?


Acompanho tudo o que se cria pelo mundo através de jornais, revistas especializadas e internet. Recebo e-mails, catálogos e folders de várias galerias do brasil e do exterior.
Gosto de estar antenado sobre o que se produz no mundo em matéria de arte.
Agora, quanto ao meu trabalho, prefiro não opinar. Deixo essa avaliação para o público e para os criticos.


8 ) O que você pensa sobre os apoios privados e públicos que as artes encontram em Londrina ?


Apoio público para as artes, quase não há!
Sempre que vou ao Museu de Arte de Londrina, fico observando a correria da Diretora Sandra Jóia e sua equipe para fazerem toda aquela estrutura andar. E olha que o Museu é um órgão público! Felizmente ela e equipe são uns abnegados e sempre superam os empecilhos que os cercam.
Apoio privado. Pouquíssimo.
Acho louvável o gesto de uma clínica dentária, uma grande construtora da cidade que sempre abrem suas portas para dar oportunidade aos artistas que aqui produzem.
Também devo citar alguns shopings, um edifício comercial que expõe sempre fotografias, e alguns raros restaurantes.
Vale ressaltar também o belo trabalho que o pessoal da Casa de Cultura José Gonzaga Vieira executa.
Mas numa cidade com 500.000 habitantes, caberia mais...muito mais.

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